A imunofluorescência, descrita por Coombs em 1942, permitiu a identificação de antígenos teciduais, como as imunoglobulinas humanas e derivadas do complemento, que têm sido utilizados em larga escala para o diagnóstico de doenças bolhosas cutâneas, lupus eritematoso e vasculite, entre outras.
Preservação do material para a imunofluorescência:
O tecido a ser encaminhado para exame deve ser preservado a fresco (congelado) por até 1 (uma) hora, ou mantido em meio hiperosmótico apropriado (meio de transporte ou de Michel). O material pode ficar armazenado na geladeira por até 4 dias em meio de Michel.
Na ausência do meio de Michel é possível enviar o material em papel alumínio, dentro de um frasco seco fechado e envolto em gelo (preferencialmente gelo seco). Entretanto, a biópsia deve ser entregue no laboratório no máximo 1 hora após a cirurgia.
Tipos de Imunofluorescência:
Imunofluorescência Direta (realizada no Laboratório Gilles): na prática clínica, utiliza-se principalmente a imunofluorescência direta, o material é incubado diretamente com anticorpos marcados com fluoresceína dirigidos a imunoglobulinas humanas (IgA, IgM, IgG) e a complemento (em geral C3).
Imunofluorescência Indireta (não realizada no Laboratório Gilles): Utiliza-se de um substrato contendo o antígeno a ser estudado, por exemplo, bexiga de rato ou pele de prepúcio. Este é incubado com o soro do paciente teste, para saber se tem auto-anticorpos. Após a reação, coloca-se um segundo anticorpo (reação indireta), contra imunoglobulinas humanas, marcados com fluoresceína ou rodamina. A reação positiva indica presença de auto-anticorpos.
Como ocorre a fluorescência:
Os anticorpos são marcados com moléculas que se excitam quando submetidos a uma fonte luminosa, corando em amarelo ou esverdeado quanto se utiliza o acetato de fluoresceína, ou em vermelho quanto trata-se de rodamina.
Doenças que podem ser estudadas:
– Bolhosas: pênfigo, dermatite herpetiforme (IgA), doença por IgA linear (IgA), penfigóide bolhoso (IgG ou C3), herpes -gestacional (IgG e C3) e epidermólise bolhosa.
– Lupus eritematoso: estudo da banda lúpica (IgG, IgM e C3 usualmente).
– Epidermólise bolhosa: estudo do nível de clivagem com Colágeno IV, laminina e bp 180/230.
– Vasculites
IMPORTANTE:
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Informe a Hipótese Diagnóstica.
Mande a biópsia separada, fixada em nosso formol tamponado para avaliação conjunta com HE
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