Envelhecer faz parte da vida, e o envelhecimento saudável passa também pelo cuidado adequado com a pele.
É comum o aparecimento de manchas e lesões na pele com o passar do tempo, e é importante fazer o acompanhamento destas lesões para prevenir o desenvolvimento de doenças mais graves.
1.Xerose: conhecido como “pele seca”, se apresenta com ressecamento cutâneo, fina descamação e craquelamento. Uma complicação da xerose é o eczema asteatósico (dermatite asteatósica ou eczema craquelé), relacionado a baixa umidade do ar, banhos frequentes e redução do uso de emolientes. Ocorre coceira com aumento de sensibilidade local e se apresenta geralmente na face extensora dos membros e tronco.
2.Farmacodermias: as reações adversas à drogas ocorrem em qualquer faixa etária, contudo nos idosos é mais frequente em visto que há um maior uso de medicações. Estas lesões podem apresentar diversos padrões histológicos e clínicos, como vermelhidão, coceira, inchaços e eventualmente dor.
3.Úlceras cutâneas: podem ser decorrentes de múltiplas causas, como traumatismos, afecções vasculares, infecções diversas e tumores benignos ou malignos. Para avaliação histopatológica destas lesões recomenda-se evitar amostragem do fundo da úlcera, priorizando a pele ao redor. Na suspeita de doenças bolhosas, é preferível amostrar lesões de surgimento recente ao invés da região ulcerada.
4.Tumores malignos epiteliais: o câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Surge principalmente em pele com intenso dano solar, sendo os mais frequentes o Carcinoma basocelular e o Carcinoma espinocelular. Podem surgir como lesões verrucosas, planas ou ulceradas. Havendo suspeita clínica de lesões malignas invasivas, aconselha-se exérese da lesão (precedida ou não por uma biópsia incisional para confirmação diagnóstica). Devem ser evitadas curetagens ou “shavings”.
5.Lesões melanocíticas (pintas): em pacientes idosos é maior a incidência de manchas senis, lesões melanocíticas atípicas e melanomas. Para lesões suspeitas é fundamental uma avaliação clínica minuciosa aliado à dermatoscopia e exérese da lesão com margem de segurança. Em lesões duvidosas pode ser necessária complementação com estudo imunohistoquímico. Em melanomas confirmados, estudos moleculares podem ser realizados para nortear um prognóstico e tratamento adequado.
Referências: Instituto nacional do câncer. Câncer de pele não melanoma, em https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pele-nao-melanoma, Agosto, 2020.
Dr Sarita Singh. Common skin problems in the elderly. GM, 47 (12), December, 2017. Lim S, Abdulah A. Managing skin disease en elderly patients. The Practitioner. 2004;248:10-9.
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